quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PROVA OPERATÓRIA

O escriba Valdemir Mota de Menezes leu esta matéria e aprovou esta metodologia dos professores Paulo Afonso Caruso Ronca e Cleide do Amaral Terzi

Prova Operatória

É o momento de verificar se o aluno, de posse de conteúdos básicos e a partir deles, saber pensar, argumentar, contrapor. OPERAR enfim tais conteúdos, a partir da leitura, compreensão e interpretação de questões.

OPERAR é a ação mais elaborada, formalizada e abstrata.

Algumas operações abstratas: analisar, classificar, comparar, conceituar, criticar, deduzir, generalizar, levantar hipóteses, imaginar, julgar, localizar no espaço, localizar no tempo, observar, provar, reunir, resumir, seriar, solucionar problemas, transferir.

Qual a importância de saber os conteúdos, inclusive memorizá-los? O conteúdo aprendido, memorizado deve servir de ponte, de estrutura para o pensar.

A prova operatória não se constitui em mecânicos questionários, testes ou exercícios, mas um momento a mais para o aluno viver internamente a construção ou reconstrução de conceitos ao longo do caminho da aprendizagem. Ou seja, um momento de aprendizagem!

Como pode ser a prova operatória?

O tratamento coloquial evidenciado nas provas, pode descontrair e ajudar a diminuir a tensão, que histórica e culturalmente, foi implantada nestes momentos de avaliação.

O tratamento coloquial mobiliza o aluno. Chama-lhe a atenção. Estimula a ação da percepção, convocando-a a participar ativamente do evento.

Se o aluno se sente, então, "pessoalmente convocado" é porque está implícito que o professor também quer respostas pessoais, e de que a prova é sempre uma relação pessoal, ou até interpessoal.

Deve haver a preocupação em explicar cuidadosamente cada questão. A clareza na proposição do enunciado e o zelo na apresentação de orientações básicas (de como fazer ou de como responder) provocam no aluno um sentimento de confiança.

O coloquial envolve a estrutura cognitiva do aluno, oferecendo oportunidade de organizá-la.

Não são provas difíceis ou notas baixas, causadoras de repetidos insucessos, que irão estimular ao estudo. Sucessos e gosto pelo estudo podem, na maioria das vezes, se tornar constantes incentivadores.

A prova operatória não é nem fácil, nem difícil, é essencialmente inteligente.

Prova operatória e a relação com o ler.

Esta prova tem a intenção de orientar o aluno passo a passo, deixando sempre muito claros os objetivos das questões.

Parte delas podem ser apresentadas a partir de um texto a ser cuidadosamente lido. O texto tem como meta apresentar o contexto, tornando a análise obrigatoriamente mais profunda e abrangente. As questões não são mais isoladas, fragmentadas ou subtraídas do contexto.

Tal contextualização impressa nas questões, impõe ao aluno que deixe de lado a simples ação da memorização, para poder colocá-la a serviço e em função do que foi lido. A ação de memorização, assim, passa a ser um meio e não um fim em si mesma.

Os problemas são sempre formados por uma ou mais "palavras operatórias". Estas indicam qual a habilidade operatória que se quer observar na resposta que o aluno venha a dar. Por exemplo: analise, classifique, compare, critique, imagine, serie, levante hipótese, justifique, explique, interprete, suponha, reescreva, descreva, localize, opine, calcule, determine, comente, substitua, exponha, construa, relacione, sintetize e outras.

Os problemas devem ter relação direta e explícita com o conteúdo que está sendo estudado. Sempre que puder, o professor deve lembrar ao aluno quando, onde e como foi vista a matéria, tornando explícita sua intenção de orientar o pensamento: "logo no princípio deste mês..., "nas aulas de laboratório", "logo no início do texto ..." .

Construindo a prova operatória

A prova pode ser composta de três partes:

1o Parte – Mais ampla e aberta, um tema dado que exigirá a expressividade escrita em forma de redação. O tema é encaminhado de maneira mais abrangente.

2a Parte – É constituida da proposição de perguntas mais simples e pequenas. Mostra-se assim aos alunos a importância dada pelo professor ao conteúdo de sua Ciência e a necessidade de conquistar tais pré-requisitos.

A memorização está contextualizada e não se dá aleatoriamente, como que no vácuo. Eis porque vêm na 2a parte da prova. O conteúdo aprendido está inserido entre a composição, expressividade escrita e a resolução de problemas. Memoriza-se parte da matéria, pois há sentido e objetivos para tanto.

3a Parte – É constituída de problemas.

A prova quer ser um momento profundo de reflexão e estudo e se compromete com o desenvolvimento global do pensamento. Tais problemas são discutidos em sala de aula ao longo da vida acadêmica e não podem ser respondidos no sentido imediato de sua utilização.

A Prova Operatória
Paulo Afonso Caruso Ronca
Cleide do Amaral Terzi
EDSPLAN

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