segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O INTELECTUAL

Dissertando sobre o que é um intelectual Gramsci disse o seguinte:

“Quais são os limites “máximos” da acepção de “intelectual”?
É possível encontrar um critério unitário
para caracterizar igualmente todas as diversas e variadas
atividades intelectuais e para distingui-las, ao
mesmo tempo e de modo essencial das atividades
dos outros agrupamentos sociais? O erro metodológico
mais difundido, ao que me parece, é ter buscado
este critério de distinção no que é intrínseco às atividades
intelectuais, em vez de buscá-lo no conjunto do
sistema de relações no qual estas atividades (e, portanto,
os grupos que as personificam) se encontram
no conjunto geral das relações sociais [...]
Por isso, seria possível dizer que todos os homens são
intelectuais, mas nem todos os homens têm na sociedade
a função de intelectuais (assim, o fato de que
alguém possa, em determinado momento, fritar dois
ovos ou costurar um rasgão no paletó não significa
que todos sejam cozinheiros ou alfaiates).” (GRAMSCI,
1999, p. 18)





No meu entendimento vejo que todos os homens que goza de uma boa saúde mental é um ser intelectual, mas exerce a função social de intelectual é algo que caracteriza alguns elementos de um grupo que os torna líderes de uma ideologia. Como na Reforma Protestante, tivemos Lutero, Calvino e outros como os contestadores que colocaram a Europa de cabeça para baixo, no curso da história sempre surge intelectuais, pessoas cujas idéias que apregoavam conquistam adeptos e seguidores. Neste sentido Marx, Sócrates, Aristóteles, Jesus, o apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino, Freud foram intelectuais. Mas também existem intelectuais de área mais provinciana e que merecem nosso respeito e interesse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário