“Quais são os limites “máximos” da acepção de “intelectual”?
É possível encontrar um critério unitário
para caracterizar igualmente todas as diversas e variadas
atividades intelectuais e para distingui-las, ao
mesmo tempo e de modo essencial das atividades
dos outros agrupamentos sociais? O erro metodológico
mais difundido, ao que me parece, é ter buscado
este critério de distinção no que é intrínseco às atividades
intelectuais, em vez de buscá-lo no conjunto do
sistema de relações no qual estas atividades (e, portanto,
os grupos que as personificam) se encontram
no conjunto geral das relações sociais [...]
Por isso, seria possível dizer que todos os homens são
intelectuais, mas nem todos os homens têm na sociedade
a função de intelectuais (assim, o fato de que
alguém possa, em determinado momento, fritar dois
ovos ou costurar um rasgão no paletó não significa
que todos sejam cozinheiros ou alfaiates).” (GRAMSCI,
1999, p. 18)
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No meu entendimento vejo que todos os homens que goza de uma boa saúde mental é um ser intelectual, mas exerce a função social de intelectual é algo que caracteriza alguns elementos de um grupo que os torna líderes de uma ideologia. Como na Reforma Protestante, tivemos Lutero, Calvino e outros como os contestadores que colocaram a Europa de cabeça para baixo, no curso da história sempre surge intelectuais, pessoas cujas idéias que apregoavam conquistam adeptos e seguidores. Neste sentido Marx, Sócrates, Aristóteles, Jesus, o apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino, Freud foram intelectuais. Mas também existem intelectuais de área mais provinciana e que merecem nosso respeito e interesse.
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