domingo, 15 de novembro de 2009

A DECLARAÇÃO DE HAMBURGO

EDUCAÇÃO DE ADULTOS E DEMOCRACIA


No compromisso assinado em Hamburgo por ocasião da V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos em uma luta da ONU através da Unesco que promove entre as nações-membros um compromisso de melhorar o nível de vida de toda humanidade houve uma evolução e uma amplidão das metas desejada para que no século XXI a educação fosse mais democratizada, vejamos quais os compromissos assumidos:

Encorajar a participação da sociedade civil na criação de comunidades de aprendizado, isto quer dizer que os governos não devem impedir como também deve ter uma atitude positiva no sentido de fomentar a formação de grupos de estudos sobre os mais diversos assuntos e o povo poder participar em decisões da sua comunidade, mas decisões que não devem ser tomadas com base em idéias preconceituosas, mas fruto de estudo em grupo e como produto de discussão entre os membros da comunidade.

A Declaração de Hamburgo também enfatizou a necessidade de eliminar toda forma de preconceitos na educação tais como idéias que visam excluir da educação pessoas devido a sua condição social, credo professado, raça, sexo e outras formas de exclusão. O alvo para o século XXI é que a educação seja livre e acessível para todos, isso é democracia na educação. Toda forma de privilégios para certas castas, ou camadas devem ser eliminadas para que se possa criar uma sociedade mais justa.




Outro ponto positivo da Declaração de Hamburgo é o reconhecimento das minorias com suas peculiaridades culturais e que a educação também deve chegar a estes grupos como os índios e os nômades e mais ainda que cabe ao Estado levar a educação a estes inclusive respeitando suas características culturais e línguas. Isso nos faz lembrar que muitos governos imperiais na história da humanidade ao dominar uma população procurava eliminar os traços culturais do povo subjugado forçando a colônia a estudarem na língua oficial do império, isso ocorreu desde os tempos da Babilônia até na época das colônias européias da América Latina, África e Ásia.

A Declaração de Hamburgo também promoveu entre as nações-membros que incentivassem as organizações não-governamentais para que participem na educação da comunidade, mas sempre focando em dois alvos: paz e desenvolvimento. A ONU também apoiou a iniciativa dos Estados em ajudar financeiramente as organizações não-governamentais para se manterem.


A EDUCAÇÃO DE ADULTOS, IGUALDADE E EQUIDADE NAS RELAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES

A Declaração de Hamburgo foi antecedida pelas outras quatro Conferências Internacionais sobre Educação. A primeira foi a de Elsinor, na Dinamarca em 1949, depois tivemos a de Montreal no Canadá em 1960, posteriormente foi a vez dos debates ocorrerem em Tóquio, no Japão em 1972 e a quarta em Paris, na França em 1985 e finalmente em 1997, no limiar do novo século da Era Cristã foi organizada esta Conferencia que trouxe entre outros temas a necessidade de Educar a mulher para prepara-la para ter mais acesso a educação com o propósito de que elas tenham mais participação nas decisões dentro da sua casa, bem como possam contribuir com a melhoria da sociedade em que vive.

A educação, segundo a Declaração de Hamburgo, deve chegar as mulheres nos mesmos níveis que chega aos homens, para que ambos os sexos possam com o domínio do conhecimento possam exercer os seus direitos. A educação da mulher deve servir a ajuda-la no combate a violência familiar e sexual, pois em algumas nações do mundo o estupro é visto como algo normal.

Entre uma das posições adotadas nesta conferência é que as mulheres devem ser encorajadas “a criarem organismos femininos para promover a sua identidade coletiva e provocar a mudança.” Alem de também incentivar as mulheres “na tomada de decisões e a sua presença nas estruturas oficiais.” (Tema IV, item l e m da Declaração de Hamburgo)



A EDUCAÇÃO DE ADULTOS EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE, À SAUDE E
À POPULAÇÃO


O sexto tema abordado na Declaração de Hamburgo abordou com a educação pode influir nas decisões sobre meio ambiente, saúde e demografia. Ficando acertado entre os participantes da V Conferência Internacional sobre Educação que as nações se comprometeriam em buscar soluções para os problemas do meio ambiente, saúde e crescimento populacional.

Educação e Meio ambiente

Ao que se pese todos querem salvar o planeta, mas ninguém quer fazer sacrifício, há décadas os participantes assinam, se comprometem, mas passos firmes para eliminar a degradação ambiental isso ninguém faz e ficam na torcida que os outros façam. É o discurso da Hipocrisia.

A educação dos adultos pode ajudar na produção de soluções para que efetue mudanças nos meios de produções que possam causar menos impacto danoso ao meio ambiente. Havendo mais pessoas instruídas sobre a causa ecológica, aumenta a pressão para que as medidas adotadas sejam efetivamente aplicadas pelos órgãos geradores de poluição e degradação.

Educação e Saúde

A educação exerce papel primordial no combate as doenças através de medidas sanitárias e de higiene que melhora a qualidade de vida das pessoas. Em especial conhecimento de medidas que façam retrair as doenças sexualmente transmissíveis, a boa alimentação que possibilita os anticorpos a defender o corpo e o saneamento básico que impede a proliferação de doenças. A educação implicará também na eliminação de praticas culturais nocivas que são imprestáveis para o desenvolvimento humano e a saúde pública. O simples banho de sabonete tomado regularmente ajuda a manutenção da higiene pessoal, não permitindo que no corpo se prolifere bactérias. Lembrando que na Idade Media houve a cultura de tomar banho apenas umas três vezes POR ANO. Praticas como essa devem ser eliminadas.

Educação e População

Programas educativos adaptados a cultura de cada povo deve orientar sobre praticas sexuais procurando estimular o planejamento familiar, saúde sexual e abordagem de temas relativo a procriação humana.


OS ASPECTOS ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO DE ADULTOS

O décimo primeiro tema abordado na Conferência Internacional sobre Educação em Hamburgo teve como foco os aspectos econômicos para financiar a educação de adultos, assim as nações se comprometeram em disponibilizar 6% do Produto Nacional Bruto para investimentos na educação e parte deste orçamento na educação dos adultos.

A educação aos adultos deve ser implementada em todos os setores da sociedade como a industria, agricultura, comercio, turismo e outros setores de produção. Ratificando as medidas como a licença remunerada para estudar como foi aprovada em 1974 por ocasião da 140o Convenção da OIT.

A Unesco sugeriu que os paises desenvolvidos pagassem parte da suas dividas em investimentos na educação e que as nações garantissem o direito à aprendizagem permanente. Temos visto no Brasil que a educação infantil até o ensino médio foi adotado pelo governo como uma despesa do Estado garantindo a quase totalidade dos brasileiros o direito a estudar em uma escola regular.

Mas ainda há uma etapa a conquistar: o ensino universitário requer duas medidas para se tornar acessível a grande massa que pretende estudar: primeiro que haja universidades gratuitas, e segundo que as universidades particulares tenham os seus custos reduzidos e a filosofia dos seus proprietários e docentes sejam focada em colaborar com o desenvolvimento nacional e as mensalidades caiam para patamares que possam ser bancadas pelo trabalhador e operário que ganha pouco.

O governo por sua vez já tem tomado iniciativa para financiar os estudos de quem pretende ingressar no nível universitário e não possui recursos ou esta desempregado. Mas a muito que se fazer aqui e muito mais nas nações com indicie de desenvolvimento inferior ao do Brasil.

TRABALHO DE PEDAGOGIA
ZENILDA - UNIMES

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