TRABALHO PRÁTICO NA AULA DE CIÊNCIA
INTRODUÇÃO
No
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Unimes, na Disciplina de
Metodologia e Prática do Ensino de Ciência I, fomos desafiados pelo professor
Thiago Simão para que fizéssemos uma crítica e debatêssemos no fórum virtual do
curso, a questão em relação às aulas práticas e se na metodologia hoje
aplicada, ela está ou não estimulando os alunos a pesquisar.
A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE MODERNA
Com
a atual postura da sociedade liberal, onde as figuras de autoridades foram
suprimidas e os excessos de liberdades promoveram um mal-entendimento sobre a
balança liberdade-responsabilidade, houve um grande enfraquecimento das figuras
autoritárias no mundo ocidental, assim, os pais e os professores deixaram de
ser vistos pelos filhos-alunos como símbolos de Todo-poderosos e perderam o
poder coercitivo de determinar as atividades dos subalternos com poderes de até
puni-los com castigo físico. Considero isso um tremendo retrocesso da sociedade
e ponto. Se por um lado os professores perderam o poder absoluto em sala de
aula, por outro lado, o mesmo Estado que tirou do professor a autoridade de
punir os alunos com castigos físicos e com reprovações, tem exigido dos
professores a mesma eficiência do passado. O Estado acreditou que os alunos
deveriam estudar por amor ao conhecimento e não por medo do professor e das
conseqüências. Grande engodo. O medo e temor são virtudes preciosíssimas que proporcionam
a todas as criaturas do mundo se preservarem de cometerem atitudes insanas. As
manadas de gnus, zebras e outros animais só sobreviveram nas selvas infestadas
de felinos porque os medos faziam-nos estar perpetuamente em vigilância. Sem a
força coercitiva do medo, ficou difícil dar aulas. Eu me recuso a ouvir
opiniões de pessoas que ficam no gabinete filosofando sobre a vida lá fora, e
imaginando em sua mente como deve funcionar um mundo platônico, ideal. Devemos
ouvir os professores de rede pública do Ensino Fundamental e Médio. Eruditos e
doutores que só convivem com livros, são imprestáveis para ditar regras sobre
relação aluno-professor. Mas esta é a realidade em que vivemos, como conseqüência,
pesquisas mostram que os professores são os profissionais mais estressados, só
perdendo para os policiais. Outras fontes colocam o professor com a quarta mais
estressante profissão, como nesta pesquisa da Periódico Semanário do Brasil, a
Revista Veja, que diz:
Desde quando a escola
passou a ser definida como a segunda casa de um aluno, o professor ganhou a
obrigação de fazer parte da educação de seus “segundos filhos” – além de
planejar aulas e corrigir provas e trabalhos. Se o salário fosse compatível com
as múltiplas funções e os alunos um pouco mais educados e conscientes, talvez o
stress da profissão tivesse alguma compensação. (Davi Correia, Veja,
07/05/2010)
Poderia
me alongar por dezenas de páginas escrevendo sobre a situação emocional dos
professores, hoje é uma profissão que garante ao seu ocupante, uma boa
licença-médica, por estresse e depressão. Em boa parte por culpa de Paulo
Freire e sua corja de Doutores em Educação que não sabem nada de educação nem
de hierarquias sociais pela qual se construiu a história da humanidade e de
todas as espécies de animais. Só reino vegetal é que você coloca uma planta em
um lugar e ela fica imóvel, no reino animal e vegetal, a imposição de normas,
disciplinas e punições são imprescindíveis para manter a ordem social. Fico
estarrecido quando vejo diretores de escolas cobrarem dos professores que
melhore a nota dos alunos, se os alunos não estão aprendendo, o professor que
reveja os seus métodos, e se o aluno ficar no vermelho, o professor que se encarregue
de propor um plano de recuperação do aluno. As Secretarias de Ensino, também
pressionam os diretores exigindo que como condição dele se manter no cargo é
que os índices de aprovação sejam altos e que haja baixa evasão escolar. A
Educação deixou de ser um assunto de professores e passou a ser comandada por
políticos inescrupulosos que somente conhecem uma CIÊNCIA, a ciência das
Estatísticas, pois os votos se medem por números, e os políticos querem números
que representem grandezas sociais.
É
neste contexto de pressões políticas que exigem bons resultados dos
professores, sem, contudo dar aos mestres mecanismos para disciplinar
adolescentes em plena erupção hormonal
que os educadores estão ficando doentes e desmotivados por esta
profissão. Recentemente, questão de poucos anos atrás, vi uma Autoridade da
Seduc de Santos implorando na TV por candidatos para o concurso de professor
daquela disciplina, devido à falta de candidatos interessados em lecionar na
rede pública, em especial na periferia. Restou como professor, as pessoas com
atitudes altruísticas e os incompetentes que só conseguiram esta qualificação
profissional, por isso trabalham com todo o mal-humor do mundo, ou com o
coração rancoroso.
PRIMEIRO TEORIA
Diante
do quadro escuro que pintei acima, vemos que existem dois tipos de professores,
os que ainda mantém uma fé cega no seu trabalho e acredita chegar em um porto
seguro, apesar de nadar contra a maré, e aqueles que; cansados com as rotinas
extenuantes, com a falta de respeito dos alunos, com os salários baixos, pensam: “Quero mais que estes lixos se danem,
vou fazer o meu papel, se quiserem aprender, bem, se não quiserem, azar deles,
vou garantir o meu salário, eles que se lasquem”. Uma vez que você decidiu o
caminho que vai tomar em sua vida, passemos agora a analisar como devem agir os
professores de Ciências que mantém fé no seu trabalho.
Primeira
coisa que um professor de Ciência deve adquirir é uma boa base teórica sobre a
sua Disciplina. Ninguém pode dar aquilo que não tem. Assim a pessoa que se
propõe a ser professor de ciência deve estar sempre estudando ciências, pois
esta é uma disciplina extremamente rica
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