UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PEDAGOGIA
IMPORTANCIA DO TEATRO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
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SANTOS - 2010
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IMPORTANCIA DO TEATRO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
SANTOS - 2010
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FOLHA DE APROVAÇÃO
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SCCCCCCCCCCCCCCC
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ORIENTADOR
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PROFESSOR CONVIDADO
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PROFESSOR SUPLENTE
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DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho com uma forma de agradecimento a todos que participaram das nossas vidas nestes últimos anos e que de uma forma ou de outra colaboraram com o nosso desenvolvimento intelectual, emocional e profissional. Nesta lista estão nossos familiares que tiveram compreensão pela nossa ausência do lar, durante longos períodos e por estes anos que se passaram. Dedicamos este singelo trabalho também aos professores que cumpriram com dignidade suas vocações para o ministério do ensino, colaborando diretamente na nossa formação e com o futuro do nosso país. Dedicamos esta pesquisa aos nossos colegas que foram nossos companheiros por longos anos e que durante este curso foram os nossos amigos e parentes que descobrimos na jornada da vida. No curso de pedagogia crescemos juntos, ampliamos nossas possibilidades e muitas vezes questionamos as coisas e outras vezes até discordamos, mas ao final dos anos, subimos a escada do conhecimento em um caminho sem volta para o aperfeiçoamento da Educação Infantil.
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RESUMO
Neste trabalho sobre a importância do teatro na Educação infantil fizemos pesquisa bibliográfica sobre o tema, inicialmente fizemos uma busca histórica como a arte teatral entrou no seio da humanidade fazendo um levantamento nos anais dos povos antigos sobre o teatro. Em um segundo momento, procuramos focar o valor do teatro para o processo de crescimento do indivíduo e sua relação com as emoções, a linguagem simbólica, imaginação, religiosidade e sensibilidade. Ao final do nosso estudo tivemos uma visão panorâmica sobre a estrutura do teatro e sua relação com o educando e com o educador e como é imprescindível nos dias de hoje os professores, principalmente da educação infantil, lançar mão do teatro como método de transmissão de conhecimento e desenvolvimento pessoal.
Palavras-chave: teatro, educação, imaginação, desenvolvimento infantil, educação infantil, linguagem simbólica, educador
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ABSTRACT
In this work the importance of theater in Early Childhood Education did research literature on the subject, initially made a historic quest as a theatrical art has entered the womb of humanity doing a survey in the annals of ancient peoples about the theater. In a second step, we focus on the value of theater to the growth process of the individual and their relationship to emotions, symbolic language, imagination, spirituality and sensibility. At the end of our study we had a panoramic view on the structure of the theater and its relationship with the student and the educator and as is essential in today's teachers, especially early childhood education, make use of theater as a method of transmitting knowledge and personal development.
Keywords: theater, education, imagination, child development, child education, symbolic language, educator
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RÉSUMÉ
Dans ce travail, l'importance du théâtre dans l'éducation préscolaire ne la littérature de recherche sur le sujet, tout d'abord fait une recherche historique comme un art théâtral est entré dans le ventre de l'humanité fait un sondage dans les annales des peuples anciens sur le théâtre. Dans une deuxième étape, nous nous concentrons sur la valeur du théâtre pour le processus de croissance de l'individu et leur relation avec les émotions, le langage symbolique, de l'imagination, la spiritualité et de sensibilité. À la fin de notre étude, nous avions une vue panoramique sur la structure du théâtre et de sa relation avec l'élève et l'éducateur et est aussi essentielle chez les enseignants d'aujourd'hui, l'éducation des jeunes en particulier au début, faire usage du théâtre comme une méthode de transmission des savoirs et le développement personnel.
Mots-clés: théâtre, l'éducation, de l'imagination, développement de l'enfant, l'éducation des enfants, langage symbolique, éducateur
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DO TEATRO
1.1 – GRECIA
1.2 – EGITO
1.3 – CHINA
1.4 - ÍNDIA
1.5 - JAPÃO
1.6 - ROMA
CAPÍTULO 2 - TEATRO E A LINGUAGEM SIMBÓLICA
CAPÍTULO 3 – TEATRO E EMOÇÃO
CAPÍTULO 4 - TEATRO E RELIGIÃO
CAPÍTULO 5 – TEATRO E IMAGINAÇÃO
CAPÍTULO 6 – TEATRO E SENSIBILIDADE
CAPÍTULO 7 – TEATRO E DIVERSÃO
CAPÍTULO 8 – TEATRO E EDUCAÇÃO
CAPITULO 9 – TEATRO E SUA ESTRUTURA
CAPÍTULO 10 – TEATRO E EDUCADOR
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
Sobre a importância do teatro infantil não há o que se falar contra, pois o uso de qualquer tipo de arte é uma ferramenta que auxilia na tarefa de transmitir educação às crianças. Quando lemos apenas usamos o sentido da visão e se estamos estudando apenas texto, temos que criar imagens mentais sobre o assunto que estamos lendo. Quando estudamos um livro com imagens (fotos, gráficos e desenhos), este esforço mental de produzir imagens mentais já não é necessário.
Quando usamos a arte do teatro ou da confecção de maquete para transmitir conhecimento, estamos possibilitando o aprendiz a despertar outros sentidos como a audição, o tato e até o olfato para auxiliar na compreensão da mensagem que se quer transmitir. Além do mais uma coisa é uma imagem impressa no papel ou vista em uma tela de computador ou TV, outra coisa é você assistir uma peça teatral de tamanho real com pessoas reais. Isso torna a fixação muito mais fácil de ser absorvida por todos, em especial os alunos que têm maior dificuldade de aprendizagem.
Outra contribuição do teatro no aprendizado de crianças é o fato deste método lúdico exigir a participação, em linhas gerais, de vários alunos como atores, enquanto aprendem, decoram textos e se envolvem
emocionalmente estão também dando um espetáculo para os demais colegas e pais. Não raro se descobrem nestas oficinas talentos que sobressaem espontaneamente de alunos que nem eles mesmos nem os professores percebiam aquele dom nato.
Quando nos reunimos para elaborar o Trabalho de Conclusão de Curso procuramos um tema que pudesse ser colocado na prática sem dificuldades, sem polêmicas, mas visando sua real eficácia na produção e transmissão de conhecimento, ao mesmo tempo em que pudesse exigir o máximo da participação dos alunos, e ainda tivesse a aparência de diversão, assim percebemos a importância do teatro para a educação...
Em nossas pesquisas procuramos estudar a relação do teatro com o emocional humano, pois o teatro pela sua forma fala muito ao emocional, e trás subliminarmente uma mensagem que é digerida pelo racional. Assim cremos que o teatro pode e deve ser usado na educação como método de ensino.
Esta pesquisa foi baseada em consultas bibliográficas de especialistas na área da educação e quando necessário consultamos obras publicadas em outros países. Em síntese, dividimos esta pesquisa em capítulos que falam da relação do teatro com o emocional e como isto contribui no trabalho do educador em suas tarefas na sala de aula. Os capítulos como teatro relacionado com a emoção, sensibilidade, imaginação e religião é só uma amostra de como a Arte cênica contribui na formação histórica da humanidade e como há uma profunda ligação do teatro na educação desde os tempos antigos.
1 – A HISTÓRIA DO TEATRO
A terminologia “teatro” surgiu na Grécia; porém em língua portuguesa veio do latim theatrum, que por sua vez originou-se do grego théatron, derivado do verbo ver = theaomai, ou seja, théa = vista, visão (no sentido de panorama) + o sufixo [-tron] = instrumento, donde, "lugar onde se vê".
O vocábulo teatro possui os seguintes significados:
a) Local onde se realizam os espetáculos.
b) Os próprios espetáculos.
c) O conjunto de textos, produzidos por um autor e a interpretação.
A história do teatro está intimamente ligada na história da religião. Os registros mais antigos de encenações teatrais estão sempre vinculados aos cultos religiosos, onde os adoradores dos deuses faziam rituais com danças e encenações. Inclusive o uso de máscaras com figuras das divindades eram usadas em cerimoniais geralmente celebradas anualmente onde se contava a história da divindade adorava.
Na caminhada da humanidade, logo aprendemos a fazer uso de várias artes como a pintura, a música e o teatro. No início, na antiguidade, devemos sempre lembrar que os homens usaram a representação para fazer imagens das suas divindades, quando passaram a usar bonecos de barro para diversão teatral, os bonecos eram rígidos, até que os artesãos foram evoluindo suas técnicas e foram construindo bonecos com mobilidade da cabeça e depois dos membros. Assim foi se aperfeiçoamento os teatros de fantoches.
Nesta caminhada da humanidade em sua viagem pelo tempo, também foi usado pelos antigos, em rituais religiosos as encenações com máscaras dando origem aos teatros de máscaras. Os africanos costumavam usar mascaras de madeiras e pintadas, os nativos da Oceania costumavam fazer máscaras de conchas e os ameríndios fazia-a de couro. Sem conta que em diversas culturas a máscara de pintura sobre a própria pele era muito usual.
1.1 GREGIA
Durante muitos tempo acreditou-se que foram os gregos que inventaram o teatro, mas estudos mais recentes e descobertas arqueológicas comprovam que os registros mais antigos de encenação pública teatral foram interpretados pelos egípcios. Coube aos gregos desenvolver o teatro e torná-lo popular.
Na Grécia o ator passa a existir juntamente com o teatro, pois o ato estético coletivo de origem grega, tem seu alicerce no binômio Ator-Espectador. O título de primeiro ator da história do teatro no ocidente é do poeta trágico Téspis, que representava simultaneamente vários papéis em suas peças. Os atores eram irreconhecíveis nas tragédias gregas por utilizarem grandes máscaras, figurinos alongados e tamancos altos de madeira.
1.2 EGITO
Em 1895 na cidade de Luxor, os arqueólogos descobriram uma peça que Narra o drama mitológico do deus Osíris datado de 3200 anos antes de Cristo o que o torna o documento teatral mais antigo do mundo. Esta peça teatral contém as ilustrações das cenas, as palavras ditas pelos atores que representam a história e comentários explicativos. A morte de Hórus também era um dos temas centrais do teatro egípcio.
1.3 CHINA
No continente asiático, os chineses, durante a dinastia Hsia, desenvolveram espetáculos teatrais com música, acrobacias e palhaços, datados de 2205 antes de Cristo. O que, cronologicamente, dá aos chineses o segundo lugar na hierarquia teatral pelo critério de antiguidade..
1.4 ÍNDIA
Em terceiro lugar no critério de antiguidade estão os indianos, pois os poemas Ramayana e Mahabharata podem ser considerados as primeiras peças originadas na Índia que estão datadas por volta do quinto século antes de Cristo. Esses épicos forneceram a inspiração para os primeiros dramaturgos indianos, como Bhasa no (século II aC.).
1.5 JAPÃO
O Japão o sacerdote Kwanamy Kiyotsugu, que viveu entre os anos de 1333 e 1384 da era cristã (Idade Média), foi o primeiro dramaturgo japonês. O seu teatro era com técnica perfeitas. Tinha entre suas principais manifestações, a dramaturgia Nô, baseada nos ensinos do budismo Zen e dotada de grande complexidade psicológica e simbólica, e o Kabuki, mais popular, embora igualmente importante.
1.6 – ROMA
No império Romano, que sucedeu a cultura grega em importância na Europa e Oriente Médio, o teatro cai em decadência, pois os romanos gostavam de espetáculos violentos e esportivos com os combates em arenas e as corridas. Os atores passam a se dedicar ao espetáculo de mímica, deixando as cidades e caindo no gosto popular nas áreas rurais. Comumente se apresentavam nas feiras e na época do florescimento do cristianismo estes espetáculos foram proibidos aos cristãos que só assistiam teatro de cunho religioso.
1.7 – SÉCULO XX
No século XX o grande nome do teatro foi Bertolt Brecht (1898-1956) que reviveu o teatro épico fazendo também com que os atores e espectadores fizessem reflexão da peça teatral. Brecht teve seus ideais trazidos ao Brasil por Augusto Boal, cuja estética teatral passou a ser conhecida como TEATRO DOS OPRIMIDOS, sendo um trabalho também reflexivo sobre a ação teatral.
2 – TEATRO E A LINGUAGEM SIMBÓLICA
O teatro é rico em linguagem simbólica, traz mensagens e conteúdo que muitas vezes não é expresso de maneira denotativa, mas subliminarmente. Uma peça teatral imperiosamente procura desperta o imaginário do espectador e dependendo da sintonia, da atenção a apresentação e mesmo a formação íntima de cada espectador, ela será entendida de diversas formas diferente, sobre esta expressão do teatro Chauí diz:
“Fundamentalmente, a linguagem simbólica opera por analogias (semelhanças entre palavras e sons, entre palavras e coisas) e por metáforas (emprego de uma palavra ou de um conjunto de palavras para substituir outras e criar um sentido poético para a expressão).
A linguagem simbólica realiza-se principalmente como imaginação. A linguagem conceitual procura evitar a analogia e a metáfora ,(grifo nosso) esforçando-se para dar às palavras um sentido direto e não figurado ou figurativo. Isso não quer dizer que a linguagem conceitual seja puramente denotativa. Pelo contrário, nela a conotação é essencial, mas não possui uma natureza imaginativa ou imagética.” (CHAUÍ, 2000)
Ensinar crianças usando o recurso da arte do teatro requer um estudo específico para que ela produza o efeito desejável na educação infantil. Peregrino no artigo intitulado “Ensinando Teatro: uma análise crítica das propostas dos PCN”, faz uma série de críticas aos Parâmetros Curriculares Nacionais e sua linguagem inadequada:
- as considerações introdutórias sobre o Teatro do documento para as séries iniciais têm um caráter vago com argumentos que poderiam ser aplicados a qualquer área do conhecimento;
- a falta de orientações didáticas específicas nas séries iniciais;
- a abordagem superficial da opção epistemológica que fundamenta a importância do Teatro nas etapas de desenvolvimento da criança;
- o mau emprego das terminologias específicas, como o Jogo;
- a escassez de bibliografias referentes ao ensino do Teatro;
- a pouca instrução no que se aponta como eixos norteadores;
- as características genéricas ou totalizadoras, apesar dos conteúdos bem formulados;
- a mudança de nomenclatura, sem justificativa, de “ator/espectador” para “atuante/público” do documento destinado aos primeiros e segundos ciclos e terceiro e quarto do Ensino fundamental.
Os educadores que trabalham em sala de aula com teatro devem em primeiro lugar colocar a peça teatral em um nível de linguagem simples e acessível ao entendimento das crianças. As peças devem ser encenadas visando públicos específicos para que possa alcançar seus objetivos, no caso em tela, os professores devem focar na educação infantil e como transmitir saberes que correspondam a faixa etária dos alunos e ao seu grau de desenvolvimento intelectual.
3 – TEATRO E EMOÇÃO
Os estudos mostram que exercer a prática do ensino mesclando com atividades teatrais, tem servido como um tratamento emocional para os alunos.
O teatro tem forte ligação com a emoção e a emoção pode influenciar no restabelecimento da saúde de doentes, pensando nisso, existe a dezenove anos uma associação chamada ' LE RIRE MÉDECIN” onde um grupo de voluntários trabalham fazendo apresentação teatral infantil em hospitais pediátricos da França, o foco destas apresentações de teatro é combater a angustia, a solidão e a tristeza. O psiquiatra Stanislas Tomkiewiz falava desta importancia do teatro no emocional das crianças, mas também das demais pessoas que a cercavam nos hospitais:
“O efeito "palhaço" não age sobre a criança, ela se espalha seus benefícios em toda a comunidade terapêutica em torno deles: pais, família, entes queridos, mas também os médicos ea equipe de cuidador que descobrir ou redescobrir o humor, sonhos e fantasia têm o seu lugar no hospital. " (Simonds, 2010)
O teatro é tão ligado a emoção, e a emoção movem as pessoas a tomarem decisões como no caso do tribunal de Júri, considerado a única peça do ordenamento jurídico que ainda possui o clamor da emoção, pois no Júri, os atores (advogado e promotor) agem tentando convencer os espectadores (jurados) que a sua versão dos fatos é a mais convivente e legítima. Quem assiste a um Júri percebe que o advogado e promotor travam um combate teatral que não subsiste sem apresentação emotiva, porque ao mesmo tempo que os atores querem convencer os espectadores (jurados), os argumentos são transmitidos com emoção, gesticulação, e retórica procurando cativar de maneira dramática aos jurados. Enquanto o promotor procurar demonizar o réu, muitas vezes mostrando fotos da vítima despedaçada, o advogado procura convencer os jurados que a vítima não era uma boa pessoa e que não foi seu cliente que a matou.
Da mesma forma, um bom professor ao contar estórias e contos infantis deve tirar da sua alma aquela estória, não é só falar uma estória, é mais ainda do que contar, é dramatizá-la. O próprio educador percebe em sua platéia, nos olhares e expressões faciais como a estória esta sendo recebida. Mas é preciso contar com emoção, ensinar com emoção. O próprio ato de dar aula e lecionar tem um teor de teatro e representação. Quando um professor ensina com impostação da voz, e com gestos, quando bem aplicado, entram na mente e no coração dos alunos.
Um espetáculo teatral tem que transmitir alguma emoção, ninguém sai de casa, paga um ingresso caro para assistir uma peça de teatro, se ela não lhe falar ao coração, ao seu centro emocional. Quanto mais um espetáculo mexe com o emocional dos espectadores, mais ela será rotulada de boa peça, terá indicação positiva e será bem vista pela crítica. As emoções que se pretendem fazer entrar em ebulição nos espectadores são a alegria por meio da risada, da comédia, culminando com um final feliz ou a reflexão, por meio da tragédia, do drama, do suspense e sensação de conforto emocional.
4 - TEATRO E RELIGIÃO
O teatro surgiu no berço da humanidade desde quando o homem se voltou para Deus através da religião e através de rituais que representavam o cordeiro sacrificado pelos pecados do mundo. Havia uma representação teatral em um lugar sagrado (templo) onde os sacerdotes figuravam como atores. O Judaísmo, através do Pentateuco no Livro de Levíticos, descreve os rituais (representações) que eram celebrados pelos judeus. No Cristianismo, também o fato do pão representar o corpo e o vinho representar o sangue de Cristo, constitui simbolismos que sempre enriqueceram a linguagem religiosa e não somente nestas religiões monoteístas, mas em quase todas as religiões, usa-se figuras para representar suas crenças.
Sistemas religiosos mais primitivos usam estatuetas de suas divindades para representarem os seus ídolos. Em toda religião, podemos dizer que está inserido o elemento teatral ou figurativo para se demonstrar aquilo que as pessoas crêem.
“A Arte era um instrumento mágico e servia ao homem na dominação da natureza e no desenvolvimento das relações sociais” (FISCHER, 1971, p. 44).
O teatro sempre foi bem explorado por algumas religiões como manifestação de sua fé para revitalizar suas convicções. Os muçulmanos têm o compromisso de, pelo menos uma vez na vida, irem até Meca, na Arábia Saudita, para refazer o caminho de Maomé na sua fuga que ficou conhecida com “Hegira”. Isso é de certa forma, uma representação teatral.
O vertiginoso crescimento das igrejas pentecostais da metade do século XX até os nossos dias esta em boa medida vinculada a pregação mais dramática dos pastores pentecostais. Enquanto muitos críticos contestam suas mensagens apenas no campo das teorias complicas e fórmulas teológicas de difícil compreensão, estes homens do povo, dotados de espontaneidade e grande carisma, transmitem sua fé em linguagem popular, muitas vezes falando errado gramaticalmente, mas com grande clareza para os anseios da população.
5 – TEATRO E IMAGINAÇÃO
Courtney (2001) falando sobre as características do teatro ainda diz que ele desenvolve a imaginação e que isso é uma característica essencial que diferencia o homem dos primatas superiores, e essa é essencialmente dramática.
A imaginação é despertada pela imitação, pois como diz Fischer:
“O ser humano começou a imitar a natureza com peças teatrais, isso encantou a nossa espécie que se sentia com dupla natureza. Pois ao atuar, passa a vivenciar um outro ser, que pode ser outra pessoa, ou outra criatura” (Fischer, 1971, p.34).
Bruno Bettelheim nos revela como as historinhas infantis ajudam a desenvolver o intelecto das crianças, pois entre outras virtudes, elas despertam a imaginação nas crianças:
São essas histórias, lançando mão de signos poderosos consubstanciados nas imagens da bruxa, madrasta má, gigante poderoso, fada boa, criança frágil, inteligente e corajosa, que revelam a história individual e social do ser humano, explicitando crueldades, injustiças e lutas necessárias para sobreviver nesse mundo. Elas possuem o poder de despertar e atrair a curiosidade infantil, sem abrir mão de seu potencial de entretenimento, ajudando a criança a desenvolver seu intelecto, a compreender suas emoções
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internas, profundamente conflituosas, a reconhecer suas dificuldades e a sugerir soluções (BETTELHIM, 1996)
Neste tópico, devemos enfatizar que os teatros de fantoches, marionetes e de sombras são adequados na educação infantil, pois estes tipos de arte despertam nas crianças interesses e curiosidades não somente nas histórias que sempre possuem um conceito de lição de moral em que o herói e o bem vencem o bandido e o mal, mas também as crianças procuram saber como se consegue produzir aquele teatro, despertando nelas imaginação e imitação.
Antigamente dificilmente alguém passava pela infância sem ter vivenciado as fantasias de ver nas nuvens figuras imaginárias, lendárias, e semelhanças com objetos e animais, falo antigamente porque os arranha-céus das cidades modernas e o estilo de vida contemporâneo, repleto de aparelhos tecnológicos como TV, PC e outras mídias não permitem que as pessoas ergam os olhos para os céus.
A imaginação é o que dá vida aos carrinhos e bonecas, quanto mais falamos de uma geração passada, mais fortes eram os elementos da imaginação, porque as bonecas e os carrinhos de antigamente, feitos de barro, pano ou madeira não tinha autonomia, mas eram alimentadas pelas imaginações das crianças. Hoje, o excesso de tecnologia, fez perder-se certo encanto da imaginação. Contudo a tecnologia não superará jamais o calor humano e contato pessoal, coisa que nenhuma máquina de alta-performance em automação poderá dar a uma criança e é nisso que os educadores devem
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confiar para estimular a imaginação das crianças e o contato entre os seres humanos que é insubstituível.
Outro objetivo da narrativa e da dramatização dos contos de fadas, reside no fato de ele permitir à criança “construir uma ligação verdadeiramente satisfatória com outra pessoa” (BETTELHEIM, 1996, p. 19).
MONTEIRO LOBATO
O brasileiro que mais se destacou na produção de contos infantis foi Monteiro Lobato, suas obras serviram para enriquecer o teatro para a educação. Sua obra principal foi o sitio do Pica-Pau Amarelo, mas outras de igual importância foram publicadas e Monteiro Lobato sempre teve preocupação no seu mundo imaginário em desenvolver contos que ajudassem na educação como nas obras relacionadas abaixo:
1933 - História do mundo para as crianças
1934 - Emília no país da gramática
1935 - Aritmética da Emília
1935 - Geografia de Dona Benta
1935 - História das invenções
1934 - Emília no país da gramática
1935 - Aritmética da Emília
1935 - Geografia de Dona Benta
1935 - História das invenções
Os professores da educação infantil devem explorar as literaturas de Monteiro Lobato para extraírem contos que servem de base para a produção de peças infantis. Se o teatro tem muita relação com a imaginação, é coerente que os professores da educação infantil tenham uma relação de aproximação com as Obras de Monteiro Lobato, para que estes também possam obter material e subsídio intelectual para criar peças teatrais.
Flávio Desgranges citando Brool fala como a imaginação é essencial no teatro, tanto para quem assiste como para quem representa:
A imaginação é um músculo, e ela fica muito contente em jogar o jogo. Eu posso tomar, por exemplo, esta garrafa plástica e decidir que ela será a Torre de Pisa. Eu posso jogar com isto, deixá-la inclinada, experimentar tombá-la, quem sabe deixar que ela desmorone, se espatife no chão... Nós podemos imaginar isto no teatro, ou na ópera, e a garrafa poderia criar uma imagem mais forte que a imagem banal dos efeitos especiais no cinema, que reconstituem, a custa de milhões, uma torre verdadeira, um verdadeiro tremor de terra, etc. A imaginação, este músculo, ficaria menos satisfeita (Brook, 1991, p. 41).
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6 - TEATRO E SENSIBILIDADE
“O recurso do teatro como forma de educar auxilia no desenvolvimento da sensibilidade, percepção e conhecimento das especificidades cognitivas ligadas à prática da improvisação” (SPOLIN, 1985, p.12). Quando se está representando um certo personagem, o ator deve captar a personalidade daquela figura a qual representa e isso ajuda o aluno (ator) a aperfeiçoar os seus sentidos cognitivos como a sensibilidade. A educação não se resume somente em transmitir conhecimento enciclopédico, mas em desenvolver outras áreas do conhecimento humano que vão além da metodologia didática pura e simples como seguir um mero plano de aula. O teatro pode ajudar a educação infantil a desenvolver e ensinar as crianças em campos mais profundos da mente humana como a sensibilidade.
7 – TEATRO É DIVERTIDO
Desde o começo da história das artes cênicas, o teatro foi um recurso usado para proporcionar diversão à aristocracia, aos monarcas e ao público em geral. O ramo do teatro que diverte é a comédia onde se representa uma história com conteúdo engraçado.
O teatro ao mesmo tempo em que passa uma mensagem, uma lição moral, um conceito de vida, ele também diverte, como diz Olga Reverbel (1979):
A importância a diversão justifica-se porque imitar a realidade brincando aprofunda a descoberta e é uma das primeiras atividades, rica e necessária, no auxilio do processo de eclosão da personalidade e do imaginário que constitui um meio de expressão privilegiado da criança.
Olga defende ainda que na infância tem-se a necessidade de brincar, jogar para se orientar no espaço, pensar, comparar, compreender, perceber, sentir.
Courtney diz que a imaginação dramática está no centro da criatividade humana, já que desde a infância a criança, ao final do primeiro ano, quando brinca pela primeira vez finge ser outra pessoa e desenvolve o humor, personifica o outro.
8 – TEATRO E EDUCAÇÃO
Juliana Cavassin nos fala sobre a arte como um elemento da vida humana que constitui trabalho e possui forças produtivas:
Arte é forma de conhecimento, pois envolve a história, a sociedade, a vida. Não está apenas ligada a idéia de prazer estético, contemplação passiva, mas ao contrário, é dinâmica e representa trabalho já que possui forças materiais e produtivas que impulsionam as relações históricas e sociais e levam o homem à compreensão de si mesmo e da sociedade. A arte proporciona prática criadora à luz das relações sociais, culturais e estéticas levando em conta as transformações nas novas configurações de tempo e espaço. Compreendê-la como processo social, é, portanto, chamá-la de produção cultural e conhecimento humano. As transformações históricas que se operam nas estruturas artísticas e suportes físicos e materiais possibilitam atualização e construção do conhecimento artístico, já que é um produto social que utiliza recursos técnicos e forças produtivas que contribuem para determinar o grau de desenvolvimento da produção da sociedade e impulsiona as relações de distribuição e consumo da produção estética. (CAVASSIN, 2008, 39)
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Esta força chamada Arte, através do teatro, pode ser uma poderosa comunicação de conhecimento e saber que serve para difundir idéias de prevenção e orientação que vão além dos muros da escola, chegando até as famílias dos alunos e na comunidade onde a escola esta inserida. Na internet existem muitos vídeos, em especial no Surfvideo e no Youtube de peças teatrais infantis cujos temas são campanhas publicitárias produzidas por crianças e até por agentes de saúde que através de uma peça teatral em linguagem infantil ensinam como combater a dengue.
As escolas poderiam incentivar Concursos entre classes, ou as prefeituras poderiam estimular a produção de peças teatrais produzidas por alunos que pudessem ser exibidas ao público com temas específicos em campanhas de utilidades públicas. Estas peças teatrais poderiam ser sobre trânsito, drogas, criminalidade, preservação do meio-ambiente, amor a família, tratamento digno aos idosos, boas-maneiras, repúdio ao bullying, preguiça, ambição desmedida, crueldade com os animais, uma infinidade de temas que serviria para os alunos usarem suas criatividades para produzirem as peças, sob a orientação dos professores, onde todos aprenderiam, uns alunos com os outros e até os pais com os filhos e os filhos com os pais. Pois é preciso fazer um esforço para integrar os pais nas escolas, estes precisam saber que suas obrigações não consistem somente em levar e trazer os filhos a escola, nem comparecer em reuniões meramente administrativas da escola. Acima de tudo os pais devem saber que a educação é dever dos pais. Os professores ocupam
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função secundária na educação, sendo orientadores das crianças na busca pelo saber.
Em muitas escolas na Europa (como na França) e na América do Norte (como no Canadá), os alunos exibem peças que denunciam a violência na escola e os problemas sociais são questionados por meio de peças teatrais. Estas peças são exibidas nas escolas, nas ruas, produzidas sem gastos, sem ostentação, sempre requerendo a cooperação dos alunos para dirigirem e atuarem nas peças.
Outro objetivo da prática teatral em questão se sustenta na possibilidade de realizar a alfabetização em linguagens artísticas e a iniciação em comportamento estético (GAGLIARDI, 1992).
O educador francês Phillipe Merieu entrevistou crianças pobre de Lyon, na França e chegou a seguinte conclusão da importância do teatro na educação destas crianças:
Meirieu ressalta, contudo, que, das crianças entrevistadas, aquelas habituadas a freqüentar salas de teatro, de cinema, e a ouvir histórias demonstram maior facilidade de conceber um discurso narrativo, de criar histórias e de organizar e apresentar os acontecimentos da própria vida. A investigação indica, assim, que, quem sabe ouvir uma história, sabe contar histórias. Quem ouve histórias, sendo estimulado a compreendê-las, exercita também a capacidade de criar e contar histórias, sentindo-se, quem sabe, motivado a fazer história.
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9 – TEATRO E SUA ESTRUTURA
Juliana Cavassin critica as escolas por não possuírem a mínima estrutura para a atuação dessa prática de modo efetivo em função de falhas estruturais e conjunturais que se desdobram em outras questões no que se refere ao ensino da arte. Podem-se pontuar algumas como: a carga horária destinada às Artes; a carência material; a formação de professores; a desvalorização da área em relação às demais disciplinas do currículo. Esses problemas específicos da área de Artes agravam-se quando somados aos problemas da educação como um todo, como a baixa remuneração do magistério, a falta de tempo para a preparação do professor e preparação didática das aulas, a insuficiência e má qualidade de material didático, etc.
TEATRO DE FANTOCHES
O teatro de bonecos é algo quase intrínseco da natureza humana, pois desde cedo as meninas quando se reúnem para brincar com bonecas, elas espontaneamente escolhem os papeis de pai, mãe, filhas e filhos e enquanto brincam vão criando histórias fantasiosas, ou imitando a vida dos adultos. Os professores podem distribuir bonecas para as meninas e orientando-as para que criem uma historinha com as suas bonecas e que estas bonecas se relacionem umas com as outras. Na brincadeira com bonecas, as professoras poderão perceber o grau de interação e criatividade de cada aluna. Percebe-se que as meninas imitarão os papeis de suas mães em casa ou criarão histórias do seu imaginário. Observar a distância as histórias e os diálogos que estas crianças desenvolvem entre si será de grande valia para os educadores terem uma percepção da visão que cada criança tem do mundo.
TEATRO DE MÁSCARAS
Nas brincadeiras educativas com o teatro os professores devem estimular as crianças em fazerem peças teatrais e ajudá-los a fazerem suas máscaras com papelão, cartolina, material reciclável e sacos de papel procurando estimulá-los a fazer peças baseados em histórias infantis. As crianças poderão assistir um filme e depois distribui a tarefa de cada um imitar um dos personagens da historinha. Na criação das máscaras os professores deverão mostrar também sua capacidade artística e criativa para criar as máscaras e escolher histórias infantis fáceis de serem representadas, e a medida que os alunos vão se desenvolvendo, poderá ser criado peças mais complexas e uso de máscaras mais sofisticadas.
Montar peças teatrais educativas com alunos e sem fins lucrativos, enfrenta uma série de dificuldades técnicas, mas o professor que se propor em usar teatro na educação deve levar em conta temas como estes:
- Linguagem teatral
- As características do teatro na Educação Infantil
- Critérios de escolha e adaptação dos textos
- Adequação à linguagem e à idade das crianças
- Como é a criação
- Tipos de materiais usados e a participação das crianças na elaboração do figurino e do cenário
- Preparação das crianças para a peça
- Ensaios
- Como apresentar uma peça
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10 – TEATRO E EDUCADOR
O uso do teatro na educação infantil esta aparado pelo Estatuo da Criança e do Adolescente no Art. 3º. “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais, inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral do que trata essa Lei, assegurando-se-lhes por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental e moral, espiritual e social, em condições e de dignidade.”
Assim educar as crianças através do teatro é dar-lhes oportunidades e facilidades para o seu pleno desenvolvimento.
O educador precisa desenvolver e aprimorar seu conhecimento estético nos mais variados campos da arte, além de sua capacidade expressiva, para que possa enriquecer seu poder de comunicação através de efeitos dramáticos transmitidos pelo uso adequado da voz, do corpo, visando levar a criança a vivenciar as possibilidades expressivas e dramáticas do seu próprio corpo, sua voz, sua imaginação, atraindo sua atenção pelo sensível, pelo encantamento.
Juliana Cavassin (2008, 45) nos lembra que o ensino da arte foi inserido na grade curricular através da lei 5692/71 como obrigatoriedade da educação, então denominado Educação Artística. A LDB de 1961 instituía o ensino de artes, porém não de forma obrigatória. Assim, caminhamos para meio século em que a Arte deve ser utilizada na Educação Brasileira à serviço do aprendizado, sendo o teatro um dos pilares da arte que deve ser empregada pelos pedagogos, educadores e professores nas salas de aula desde a educação infantil.
Em alguns países da Europa, como Portugal, o teatro faz parte do curriculo escolar e os professores devem fazer peças com os alunos, sendo que é necessário que os professores além do conhecimento pedagógico, também tenha conhecimento na área artística. Os professores podem por meio do teatro avaliar a personalidade dos alunos e traçar o seu comportamento individual e em grupo.
A ferramenta do teatro na educação infantil serve para educar as crianças a trabalharem em grupo, assim como um músico que toca em uma banda precisa se disciplinar para tocar no tempo certo para que haja sincronia dos sons emitidos pelos instrumentos musicais; As peças teatrais ajudarão as crianças no seu desenvolvimento para que saibam agir no tempo certo.
O professor deve avançar e investir em si mesmo e procurar adquirir mais conhecimento e aperfeiçoar suas habilidades em trabalhar com o Teatro na educação. Muitas vezes devido a extensa área de conhecimentos que o pedagogo deve dominar, o mesmo sai das faculdades sem um conhecimento especializado (por isso existe as pós-graduações, mestrados e doutorados) e cabe ao docente se auto-avaliar e perceber que se deseja aplicar com êxito o teatro na educação, o mesmo deve exercita-la com freqüência em sala de aula e também procurar aprofundar seus conhecimentos e se atualizar constantemente através de cursos e leitura de material especializado.
Beatriz Cabral nos diz como o teatro é na verdade uma metodologia de ensino extremamente interpessoal pessoal cujos temas a serem discutidos em sala de aula podem ser selecionados em um acordo entre o professor e o aluno:
“o drama como método de ensino, eixo curricular e/ou tema gerador constitui-se atualmente numa subárea do fazer teatral e está baseado num processo contínuo de exploração de formas e conteúdos relacionados com um determinado foco de investigação (selecionado pelo professor ou negociado entre professor e aluno).” (CABRAL,2006:12).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos afirmar com certeza que o uso da arte-teatral na educação infantil tem diversos elementos cognitivos benéficos como a memorização, criatividade, estímulo emocional que servem para enriquecerem as crianças em suas trajetórias em busca do saber.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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CABRAL, Beatriz, O TEATRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: disponível em http://pedablogao.blogspot.com/2010/02/o-teatro-na-educacao-infantil.html, acesso em 10/10//2010
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