Observando os fatos históricos que vão do final do século XIX até a década de 30, no Brasil, vemos nascer um florescente interesse das classes políticas e intelectuais por uma nova ideologia educacional visando alavancar o Brasil no cenário mundial como um país que estaria disposto a despontar como potência na América Latina e acertadamente resolveram investir na educação de base, democratizando o ensino primário para as classes menos favorecidas.
Uma das forças motrizes que teve ideais visionários nesta época foi a ABE que significa Associação Brasileira de Educação, instituição fundada em 15 de outubro de 1924 por Heitor Lyra da Silva. Com sede na Cidade do Rio de Janeiro, era uma Sociedade Civil, sem finalidade lucrativa, de Utilidade Pública (Federal e Estadual ) apartidária e pluralista, até hoje ela esta em atividade, caminhando para um século em prol da educação dos brasileiros.
Em nosso estudo de História da Educação lemos o texto de Marta Maria Chagas de Carvalho lembrando a participação da ABE no desenvolvimento educacional do Brasil:
‘qualquer teoria de governo ou qualquer solução político-institucional
passava pelo reconhecimento do pressuposto
fundamental da economia política – a fábrica como
ideal civilizatório da sociedade’. (...)Ensino técnico,
métodos pedagógicos ‘modernos’, dispositivos de seleção
de ‘aptidões’ e de encaminhamento profissional
são alguns dos signos que possibilitarão observar
a redefinição da escola operada pela ABE, segundo
o paradigma da fábrica.‘’ (CARVALHO, Marta Maria
Chagas de. 1998. p. 28)
No texto acima vemos que a escritora cita o “paradigma da fábrica”, uma referência a era industrial, que também contribuiu para uma maior aceleração no processo de ampliar a educação de base no Brasil.
A Liga de Defesa Nacional foi outra instituição da época que ajudou a fomentar ideais nacionalistas que impulsionaram as políticas públicas na área da educação. A LDN foi fundada em 1916, visando a integridade nacional. Esta instituição foi fundada pelo honroso Olavo Bilac, que em seus discursos pelo Brasil, ele inflamava a necessidade de cultivar a educação de base e ter escolas profissionalizantes ao lado de cada quartel.
OLAVO BILAC
No início do século XX o Brasil, como sociedade e governo entenderam que era hora de priorizar a educação em todos os níveis sociais para conseguir colocar a nação entre os países industrializados, pois as fábricas requeriam operários com o mínimo de qualificação para operar as máquinas
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