sexta-feira, 23 de março de 2012

PROFESSOR É COMO UM AGRICULTOR



Reflexão feita pelo professor Valdemir Mota de Menezes, o Escriba.

Após três anos de estudo para obter esta licenciatura em História e passar este ano fazendo estágio e visitando salas de aula na Escola Esmeraldo Tarquínio, foi possível aprender muitas coisas, talvez a principal delas é ter paciência com o ser humano. Algumas pessoas são indolentes em boa parte da sua vida, até que tem uma espécie de desabrochar, um despertar. Não podemos dizer com certeza quem será um sucesso e quem será um fracasso. No percurso da vida, costuma ocorrer surpresas e não raro, inversões. 

O professor é um agricultor, cujos alunos são plantações. Aos doentes aplicamos remédios, se o ambiente não é propício, aplicamos adubo e calcário para corrigir a acidez da terra. Se o clima é impróprio, sabemos que a perseverança nos manterá na determinação de fazer a terra produzir. Algumas plantas podem não vingar, outras podem adoecer, apodrecer e secar. Mas se formos diligentes a colheita será garantida. Umas produziram trinta, outras sessenta, e outros cem frutos.
Termino com uma frase do Doutor Gabriel Chalita:
"O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado: a máquina reflete e não é capaz de dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano."

ESCOLA ESTADUAL ESMERALDO TARQUÍNIO

Informações colhidas pelo Escriba Valdemir Mota de Menezes, no ano de 2010, quando fez estágio com a professora Sônia, nas aulas de História.

ESCOLA ESTADUAL ESMERALDO SOARES TARQUÍNIO DE CAMPOS FILHO, Localizada na Av. Ulisses Guimarães, 180 – São Vicente – Jardim Rio Branco – CEP 11.347.000 – tel 35661164
  • Caracterização da Comunidade:
A escola “Esmerado Tarquínio” abre os portões logo cedo para receber os mais de dois mil alunos que todos os dias cruzam os seus portões. São moradores dos bairros adjacentes como: Rio Branco, Rio Negro, Quarentenário, Vila Matias, Ponte Nova, Gleba II, Parque Continental, Parque das Bandeiras e Humaitá. A maioria são do Rio Branco, onde a escola esta localizada. A escola fica na Av Ulisses Guimarães, em frente ao Terceiro Distrito Policial de São Vicente, onde aliás, eu trabalho como escrivão de polícia. A escola atende a comunidade, recebendo alunos do ensino fundamental e médio. Ela é mantida pelo Estado de São Paulo e esta subordinada a delegacia de ensino que existe na própria comarca. Os alunos em geral comparecem com uniforme, são alimentados em uma cantina bem equipada, atendidos por professores e funcionários preparados e que, ao meu ver, fazem o melhor para encaminhar na vida aqueles alunos.
A região aqui é pobre, a criminalidade e a sedução das drogas são problemas constantes que as autoridades enfrentam. O índice de homicídio é alto. A maioria das pessoas que vivem nesta região possui empregos modestos e com muito esforços construíram suas casas em uma periferia, que até alguns anos atrás (1990) só tinha acesso ao centro da cidade por meio de uma linha de trem ou pegando a rodovia, indo por Cubatão ou Praia Grande para então ter acesso ao centro da sua própria cidade.
Este ano será realizado uma espécie de evento em que será enfatizado a história da escola, desde a sua fundação a algumas décadas atrás até os dias de hoje. Alguns professores que já morreram serão homenageados e os professores estão se mobilizando para obter fotos antigas da escola e fotos dos professores que por ali já passaram.
As ruas da área continental ainda são em sua maioria de estrada de terra, mas a prefeitura tem paulatinamente asfaltado as ruas. O comércio nesta região já é forte, com ruas cujos imóveis são comerciais. No Rio Branco, a Avenida Ulisses Guimarães, e no Conjunto Humaitá, a Rua José Singer, são agitadas pela junção de comércios e serviços diversos a disposição da população. Dois importantes Prontos Socorros atendem a população de cerca de cem mil habitantes, um é o Pronto Socorro do Humaitá e o outro é o Pronto Socorro do Parque das Bandeiras. Se porventura algum aluno se machucasse no interior da escola, demoraria alguns segundos para um paramédico do SAMU comparecer no local, pois a sede das ambulâncias do SAMU fica do outro lado da rua.. Há duas quadras da escola existe uma praça de prática esportiva. Há poucos quilômetros da escola funciona um parque industrial na região do Samaritá que gera emprego e contrata mão-de-obra da região.

segunda-feira, 12 de março de 2012

CURSO VIRTUAL, ESFORÇO REAL

Escriba Valdemir Mota de Menezes fala do TCC do curso Virtual, quando se formou em Licenciatura em História.

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Ontem estivemos na sala de aula e tivemos oportunidade de discutir os tópicos que precisam ser melhorados, estou relendo o Trabalho, farei minhas contribuições, e peço aos demais colegas que procuremos finalizar o mais breve possível.

Estamos no momento da corrida em que devemos dar o sprinter final. Agora não temos que segurar e nem poupar o fôlego, este é um momento de vitória pessoal de cada um. O curso foi virtual, mas o empenho para obter esta licenciatura foi diário, físico e real!

FALTA DE PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO


O texto abaixo o Escriba Valdemir Mota de Menezes argumentaem um fórum de Educação com sua colega Jucilene:
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Olá Jucilene,
Tenho visto as discussões sobre os métodos de ensino e sobre as grades curriculares que devem ser implantadas no Brasil e cujo objetivo é dar melhor qualidade de ensino. O que vejo é que desde 1996 quando estas discussões passaram a ser mais frequente, o nível da educação ainda esta longe do patamar das nações mais avançadas. O fato de estar diminuindo o número de analfabeto é positivo, conforme os números do IBGE:


Taxa de analfabetismo de pessoas  de 15 anos ou mais de idade Brasil
1970 33,60%
1980 25,50%
1991 20,10%
2000 13,60%

Outro número positivo é o de brasileiros que estão na escola. Em 2002 os números oficiais eram estes:
Taxa de freqüência à escola ou creche da população residente
                                         Total                            0 a 6 anos        7 a 14 anos          15 a 17 anos
Brasil                            31,7%                              36,5%                 96,9%                     81,5%
Nordeste                       35,5%                             37,7%                95,8%                      79,9%
Sudeste                          29,2%                             38,6%                97,8%                    83,8%
Sul                                  29,3%                             33,6%                 97,9%                    78,8%
Centro-Oeste               32,5%                              30,7%                 97,1%                     80,3%

A Educação não deve apenas se preocupar com o volume de pessoas nas escolas, mas também com a qualidade do ensino. É neste quesito que a situação ainda está em desvantagem.

Alguns estudiosos apontam dois problemas a qual eu endosso:
1o - baixos salários dos professores
2o - Falta de participação dos pais na educação
"São diversos os fatores que proporcionam resultados negativos, um exemplo disso são as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler e escrever. Esse fato é resultado direto do que acontece na estrutura educacional brasileira, pois praticamente todos os que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos, entre muitos outros agravantes." (1)

Luciano Constantino da Folha de São Paulo escreveu uma matéria em 17/03/2003 que ainda reflete a realidade nossa em 2011.
A alternativa para reverter a situação? Continuar projetos que estão dando certo, investir na valorização dos professores e rever o papel da escola na sociedade, com a participação dela no debate. Só não dá para esperar muito.

Concluo, dizendo que pais, professores, Poderes Públicos e alunos devem se esforçarem para melhorar o nível da Educação. As pessoas precisam aprender a estudar fora da escola, a ler mais, selecionar  melhor o que vê e assiste e não perder tempo com cultura inútil.
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(1)http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/a-qualidade-educacao-brasileira.htm
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/educacao.html, acesso 27/10/2011
http://educarparacrescer.abril.com.br/indicadores/materias_295305.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u12632.shtml


PROVA DO ENADE

O enade
PROVA DE 2011
Valdemir Mota de Menezes (G_His 1s09 S6) [8/11/11, 14:54]: A prova foi extremamente demorada, 40 questões com 5 alternativas acaba sendo cansativa. Mas entendo que poucas questões não servem para avaliações mais profundas. Na enquête de nove perguntas sobre o nível da prova, achei que algumas questões não estavam claras. Não sei se foi o meu cansaço ou meu nível intelectual, mas algumas questões eram formadas com dois textos com conteúdo sem nexo e logo vinha uma pergunta que parecia não ter conexão com os dois textos. Em seguida as alternativas tinham vínculo com a pergunta. Lógico que não foi isso que marcou a prova, mas este seria o lado negativo que senti. As provas presenciais da Unimes eram muito mais fáceis, provavelmente porque as perguntas eram claras e as alternativas distintas.